segunda-feira, 20 de outubro de 2014

BULLYING NÃO...





Assinala-se hoje, 20 de Outubro, o Dia Mundial de Combate ao Bullying. O bullying é uma realidade preocupante, para a qual importa sensibilizar. A APAV alia-se ao combate deste tipo de violência, alertando para o seu impacto nas vítimas, seus familiares e amigos.

A maioria das crianças e jovens estabelece relacionamentos positivos com os seus colegas e amigos. Contudo, podem existir situações em que a violência tem lugar, provocando mal-estar, desconforto, medo, vergonha e insegurança na vítima.

Empurrar, dar bofetadas, insultar, humilhar, gritar, gozar e ameaçar são alguns dos comportamentos mais frequentes de quem pratica esta forma de violência, que acontece entre colegas de turma, de escola ou entre pessoas que tenham alguma característica em comum. Mais difíceis de detetar são os comportamentos violentos que não implicam contacto direto entre agressor/a e vítima, como deixar de fora ou excluir das atividades em grupo; difundir (oralmente ou através do recurso às novas tecnologias) rumores ou boatos depreciativos, com conotação racial/étnica, sexual ou de outra ordem.

A agressão psicológica é transversal a todas estas formas de violência, sendo que, formas de violência mais subtis tendem a evoluir para formas de violência mais graves.

Através da sua rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, a APAV presta apoio gratuito e confidencial a vítimas deste tipo de violência, seus familiares e amigos. É também fundamental a acção que a APAV tem vindo a desenvolver na sensibilização e prevenção junto dos alunos nas escolas.

Este ano, o jovem músico D8 associa-se à APAV, sensibilizando para a temática através da música, com o tema “Vais Conseguir (Bullying)”.


Para saber mais:
www.apavparajovens.pt


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Filhos tiranos, pais mártires



Filhos tiranos, pais mártires

Texto de Daniel Sampaio (Psiquiatra)

Este é o título de parte da habitual crónica de João Garcia, publicada no Expresso de 4 de Outubro. Repito a qualificação, porque me parece muito oportuna .
João Garcia refere-se a um estudo da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, onde se revela que há cada vez mais filhos com menos de 25 anos que agridem os pais, surgindo um novo caso de três em três dias.
Não conheço a metodologia da investigação citada nem, sobretudo, o contexto familiar em causa. No entanto, a minha percepção clínica é a de que a situação ocorre com alguma frequência, o que torna essencial reflectir sobre este tema.
Garcia acrescenta: “Pelo que se assiste nas ruas, nos centros comerciais e nos restaurantes, estes números só podem piorar. E muito.”
É provável que tenha razão. Os pais dos jovens de hoje têm um claro défice de autoridade. Compreende-se porquê. Os seus pais (avós dos jovens actuais) foram a geração que se rebelou contra o poder instituído. Em Portugal, muitos desses homens e mulheres tentaram ser diferentes: as mulheres foram todas para o trabalho e os homens recusaram o autoritarismo de que tinham sido vítimas.
Os pais das crianças de hoje foram educados em famílias democráticas, em que a sua voz foi ouvida e respeitada. De uma época em que as crianças cedo eram mandadas para a cama e ninguém se esforçava para saber o que pensavam, caminhou-se para o oposto, em que o menino-rei desde muito cedo quer impor a sua lei. É frequente crianças acompanharem o serão dos pais, irem ao restaurante com a família para uma refeição tardia, ou passarem horas em centros comerciais, a disputarem presentes que depressa abandonarão. Nas inevitáveis zangas familiares, os pais são indulgentes e tudo aceitam, ou então tentam castigos que não conseguem fazer cumprir, porque o passado relacional entre aquele progenitor e o seu filho não criou a distância mínima necessária ao cumprimento de uma ordem.
Nos anos 1980 começou a moda da “negociação”, em que pais e filhos gastavam horas antes de ser tomada uma decisão sobre uma saída nocturna ou um fim-de-semana em casa de amigos. Se o diálogo e a escuta activa dos mais novos é uma das grandes conquistas do século XX, é bom saber que as questões de saúde e segurança dos mais novos não admitem negociação. Se o pai ou a mãe sabem que um adolescente vai para uma festa onde o álcool e as drogas circulam livremente, a decisão só pode ser uma: o adolescente não pode ir, seja qual for o seu protesto e ameaça.
Na maior parte dos casos, os filhos que agridem os pais pertencem a duas categorias: ou têm perturbações mentais e devem ser encaminhados para uma consulta de Psiquiatria; ou ganharam demasiado poder na família e querem, a todo o custo, impor a sua lei. Neste último caso, houve um momento crítico no passado familiar: aquele em que o filho “cresceu” para o pai e este fez de conta que nada se estava a passar. Nesse instante decisivo, os pais em causa devem fazer cessar imediatamente esse comportamento da criança ou do adolescente, de outra forma haverá repetição e o ciclo de violência nunca mais parará, sendo particularmente grave nos adolescentes mais velhos, que ameaçam com o seu maior poder físico.

A única solução passa pela esfera relacional, em que pais e filhos constroem uma relação de respeito mútuo, mas onde a palavra final terá de pertencer sempre aos progenitores.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Espelho de Gandhi




O Espelho de Gandhi

Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os factores que destroem os seres humanos. Ele respondeu: "A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem carácter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim.
Quem quer ser amado, ama. O caminho para a felicidade não é recto. Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!"
Grande Gandhi!