quinta-feira, 16 de maio de 2013


RAIVA

A raiva é só um vómito mental. Alguma coisa está mal com aquilo que meteu dentro de si e todo o seu ser físico quer deitar isso fora.
Mas não há necessidade de o vomitar para cima de alguém.
É por as pessoas atirarem a raiva para cima dos outros que a sociedade lhes diz para a controlarem.
Não há necessidade de atirar a raiva para cima dos outros. A raiva significa apenas que há alguma coisa dentro de si que precisa de ser libertada. Portanto, pode ir para a sua casa de banho fazer caretas ao espelho para se aliviar a si mesmo, pode dar um longo passeio, pode fazer um pouco de jogging e vai sentir que a libertou. Ou, então, pode agarrar numa almofada e bater-lhe, lutar com ela, morder-lhe até que as suas mãos e os seus dentes fiquem relaxados. Uma almofada é iluminada, é um Buda! Não vai reagir. Não o vai levar a tribunal. Não vai sentir nenhuma inimizade em relação a si. Ela vai ficar contente, vai rir-se para si.
Em cinco minutos de catarse, sentir-se-é aliviado. E uma vez que o saiba, nunca vai atirar a sua raiva para cima de alguém, porque isso é uma grande tolice.

(B)

As pessoas escrevem-me a dizer:
«Alguém passou por mim e tive a sensação de que estava zangado comigo.» Alguém passou por si e você tem a sensação de que estava zangado consigo? Podia pelo menos ter-lhe perguntado: “Está zangado comigo? É que eu tenho a sensação...» Deve-lhe esta cortesia, pelo menos antes de determinar se o outro está zangado consigo. Ele pode estar nada interessado em si, ele pode estar zangado com outra coisa, é por isso que surge em si a tal sensação de raiva.
A raiva de outra pessoa pode afectá-lo desta maneira. Pode não lhe ser dirigida, tal como a sua raiva pode ser sentida por outros, porque as emoções são lineares. Se sentir isso, não se esqueça, pergunte à outra pessoa o que se passa, vai ver que resolverá muitos dos seus problemas de raiva...

(C)

ÀS vezes tem vontade de estar zangado, esteja zangado – não há nada de errado nisso. O problema é que se você não se zangar, então não vai amar.
As emoções estão tão ligadas que se reprimir a raiva, também vai reprimir o amor. Se reprimir a raiva, também vai reprimir a compaixão. Se libertar a compaixão, terá medo de estar também a libertar a raiva. Neste caso, vai ter de se sentar sobre toda uma pilha das suas emoções – e isso é muito desconfortável.

Do livro de Osho – Espiritualidade de A a Z

Com muito amor

Namaste

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